Como a revolução sexual impactou na indústria pornográfica

Os tabus sexuais permeiam a sociedade desde a Idade Média, sobretudo por influência religiosa. E a mulher sempre foi o principal alvo, além de ser mais erotizada e objetificada.

O gozo feminino é colocado como algo negativo, como se a mulher não pudesse sentir prazer; ela está ali simplesmente para reprodução. Contudo, a revolução sexual iniciada na década de 1960, surge com base na concepção da liberdade sexual, sobretudo para as mulheres. É aí que surgem as pílulas anticoncepcionais e o sexo deixa de ser visto como algo somente reprodutivo.

É nessa revolução que, como sociedade, começamos a abrir espaço para que coisas como o pornográfico também apareçam.

O sociólogo Márcio Medeiros conversou com a equipe do Eros no Digital para explicar como a sociedade abriu espaço para que o pornográfico se tornasse algo comum e infiltrado em nosso dia a dia.

O erótico é “natural” para o ser humano. Toda cultura tem uma concepção de erótico, daquilo que desperta o prazer e tudo mais. Isso não tem uma relação direta com a pornografia.

A pornografia é como um efeito colateral desses movimentos de emancipação e de liberdade sexual que acabam surgindo ali na década de 1960. Então se começa a ter mais abertura para falar sobre sexualidade, para mostrar o erotismo de uma forma mais explícita, começam a surgir as revistas, os programas de televisão, e aí começa a se aventar essa ideia de fazer filmes adultos.

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