Indivíduo

Como o Pornhub se tornou a plataforma pornográfica mais famosa do mundo

Pornhub's ex-CEO

 Em 2006 a primeira plataforma pornográfica, chamada YouPorn, surgiu. Seu fundador, conhecido como J-T, desde o início percebeu o estrago que sua plataforma traria para as produtoras de filmes adultos. J-T tentou fazer um acordo com as produtoras, em que elas forneceriam os filmes e, por sua vez, estes seriam distribuídos na YouPorn. Contudo, as produtoras recusaram, já que não viam sentido em cobrar por algo que estava disponível de forma gratuita na internet. Foi aí que elas perceberam o erro que haviam cometido.

Entre 2006 e 2008, começou a ocorrer o decaimento das vendas de DVDs. A pirataria, causada principalmente pelo surgimento dos “tube sites”, foi a causa primária da queda das produtoras de pornografia.

Três anos após o surgimento da YouPorn, J-T decide vender a plataforma para um jovem chamado Fabian Thylmann, que começa a comprar diversos sites pornográficos. Em 2010, Fabian compra a Mansef (junção do nome de seus fundadores Stephane Manos e Ouissam Youssef) e muda seu nome para Manwin. Em apenas três anos, Fabian se torna Rei da Pornografia e constrói o primeiro império multinacional do sexo.

Surgimento do Pornhub

Fundada em 2007 pelo desenvolvedor Matt Keezer, como parte de uma empresa chamada InterHub, inicialmente a plataforma oferecia apenas conteúdo pirateado das produtoras pornográficas e os vídeos eram postados pelos próprios usuários. Em 2010, o alemão Fabian Thylmann ajudou a empresa a se fortalecer. Devido ao seu conhecimento e à sua visão empresarial, Fabian permitiu que milhares de pessoas ao redor do mundo ganhassem dinheiro em cima do sexo.

Thylmann ficou tão rico que, como contou um conhecido num programa de rádio, “instalou um aquário dentro de casa, tão grande que um mergulhador tinha que ir lá toda semana para limpar o fundo. Você sabe que triunfou na vida quando precisa do seu próprio mergulhador.”

Em 2013, sob investigação de evasão fiscal, Thylmann vende o Pornhub e todo o império construído por 66 milhões de euros. 

Como o Pornhub faz dinheiro?

Em uma primeira etapa, o site oferecia material de terceiros, Thylmann afirmava que só colocava sua tecnologia à disposição dos usuários e não podia controlar a disponibilidade legal do que era postado.

Cansados de lutar contra a pirataria causada pelos sites pornográficos, os estúdios decidiram investir em uma aliança focada na colaboração ativa com o Pornhub: eles alimentam a plataforma com conteúdo, dividem a receita de publicidade e ainda conseguem “chamar” o usuário para seus próprios sites.

Eventualmente, cumpriu-se outra máxima da Internet: se o que é ofertado gratuitamente é bom, o usuário estará disposto a pagar uma mensalidade para ver com mais facilidade e sem anúncios. Por um valor mensal, o conteúdo se multiplica, tem mais qualidade de imagem e até a possibilidade de realidade virtual.

As propagandas do Pornhub

Bom, lógico que num site pornô não pode faltar anúncios de camisinhas, aumentadores de pênis, comprimidos para ereção, shows de webcam, videogames… ou mais pornô. Contudo, em 2016 até mesmo a Diesel (empresa que vende roupas, perfumes e relógios) viu uma possibilidade de divulgar sua marca no site, que já contava com 60 milhões de acessos por mês. Foi a primeira marca mundialmente reconhecida que anunciou no Pornhub. E causou uma revolução.

Apesar do cenário, muitas marcas ainda relutam para anunciar dentro do Pornhub, justamente devido ao conteúdo de seus vídeos e também devido a polêmicas recentes envolvendo a plataforma. Em 2020, os gigantes dos cartões de crédito Visa e Mastercard anunciaram que não permitiriam mais que os titulares de cartões fizessem transações no Pornhub

A decisão das empresas veio poucos dias depois que o New York Times publicou uma longa investigação do colunista de opinião Nicholas Kristof em 4 de dezembro, que encontrou um grande número de vídeos na plataforma retratando estupro, molestamento e abuso de menores, abuso sexual violento de mulheres e outros conteúdos não consensuais.

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